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Posicionamento de marca: como pediatras podem construir seu marketing pessoal
3 de março de 2023
Posicionamento de marca: como pediatras podem construir seu marketing pessoal

Autor:

Eludivila Especialização Pediátrica

O marketing é uma excelente ferramenta para que nós, pediatras, possamos divulgar nossos propósitos, valores e sobretudo nos posicionarmos na mente das pessoas como uma marca a ser lembrada. Construir o seu posicionamento de marca pessoal é a primeira etapa de um bom trabalho de marketing, pois ele permite olhar para dentro e comunicar a sua essência e, consequentemente, a essência da sua forma de trabalhar.


Para desvendarmos o que é "posicionamento de marca", vamos começar explicando que esse conceito nada mais é do que o modo como você quer ser lembrado pela maioria das pessoas e também como você ou sua marca está posicionado na memória das pessoas. Então é essencial que nesse ponto suas ações sejam muito coerentes com sua essência, já que, para alcançar um posicionamento, ou seja, ser lembrado sempre da mesma forma, você precisará de repetição. O que significa dizer que seu conceito deverá ser repetido e comunicado da mesma maneira nos mais diversos formatos e ferramentas disponíveis. 


Vamos fazer um exercício simples: pense em algum colega que você acompanha e admira. Pensou? Agora imagine como você apresentaria esse colega, em poucas palavras, a outra pessoa. Se o exercício de posicionamento desse colega estiver bem feito, é bem provável que a sua memória sobre ele também será a memória de outras pessoas. 


Neste artigo, você vai entender como um bom marketing pessoal pode ser benéfico para a sua carreira como pediatra e saber como preparar uma boa estratégia visando fazer o seu posicionamento de marca.


O círculo dourado no posicionamento de marca

Um jeito de entender como o marketing pode ser positivo, é levando em consideração uma ideia do autor Simon Sinek. Em um de seus livros, ele explicou como algumas empresas e marcas conseguem se sobressair tendo acesso às mesmas ferramentas utilizadas por outras que não se destacam.


De acordo com o escritor, a resposta não é tão difícil quanto parece: o grande diferencial é a comunicação. Para organizar essa metodologia, ele criou o círculo dourado, uma espécie de gráfico em formato de alvo, de dentro para fora.


Entenda o círculo dourado

O círculo dourado é dividido em três outros círculos, sendo eles “o quê”, “como” e “por quê”. Segundo Simon, para conhecer o sucesso é necessário entender o porquê.


Saiba mais detalhadamente o que significa cada esfera do círculo para o posicionamento de marca:


  • “O quê”


O “que” você faz está diretamente associado a produtos e serviços, sendo uma descrição técnica, funcional e racional. No caso de um pediatra, por exemplo, podemos dizer que ele faz atendimentos pediátricos.


  • “Como”


Segunda esfera do círculo dourado, o “como” você faz é o seu diferencial, o seu método de entrega. O que você promete para entregar esse produto ou serviço. Como sua consulta é diferente? Como você lida com determinadas condutas? Como é o seu espaço de atendimento? E por aí vai.


  • “Por quê”


Por fim está o porquê, ou seja,  a esfera mais interna desse círculo. Ele representa o seu real propósito como marca – e como pessoa.


Com relação a um negócio, é conveniente explicar que qualquer pessoa pode saber “o que” uma empresa faz. Algumas pessoas captam  “como”. Mas pouquíssimas pessoas entendem “o porquê”.


Por isso a importância do posicionamento de marca: todo o seu público precisa compreender o propósito de o seu negócio existir – sejam clientes potenciais, funcionários, parceiros de trabalho e a equipe da empresa.

É comum que as organizações façam essa comunicação de fora para dentro. Marcas e pessoas que inspiram, no entanto, se comunicam de dentro para fora. Na essência, o discurso é o mesmo. Quando essa comunicação é feita de dentro para fora, no entanto, uma ligação de igual para igual é criada com seu público – e esse é o ponto-chave para que ele compreenda o seu valor.


Vamos dar aqui um exemplo para ficar mais fácil entender essa diferença:


  • Quando a comunicação ocorre de fora para dentro:


“O quê”: “Esta é nossa clínica médica de excelência”


“Como”: “Nós temos os médicos mais inteligentes do mercado, que se formaram nas melhores escolas do Brasil. Nossa clínica é tecnológica e bem localizada.”


Comportamento: “Venha se tratar com a gente!”


  • Quando a comunicação ocorre de dentro para fora:


“Por quê”: “Nós acreditamos na atuação preventiva e no olhar integral para nosso paciente, para que ele cuide de sua saúde”


“Como”: “Nós fazemos isso trazendo profissionais muito capacitados e que se formaram nas melhores escolas do Brasil. E, nós gostamos de ir além, então construímos uma clínica tecnológica e bem localizada”.


“O quê”: “Somos uma clínica de excelência. Venha ver por si mesmo”.


Ficou mais claro agora?


O que é o posicionamento de marca?

O posicionamento é o lugar que você ocupa na mente do seu cliente em potencial. Na hora de comunicar, é muito importante procurar um equilíbrio entre o racional e o emocional.


Antes de preparar uma estratégia de marketing, é recomendado fazer algumas ponderações a fim de pensar na melhor estratégia de comunicação a ser usada com o público que você deseja atingir.


  • Que sentimentos você gostaria de despertar no seu público?
  • Quais informações são importantes que seu público retenha?
  • Qual balanço entre razão e emoção na sua comunicação com o público?


É fundamental que exista uma linha mestra de comunicação a ser considerada na hora de montar o seu posicionamento de marca. Essa linha precisa considerar seu propósito, seu público e seus serviços.


É uma forma de conectar todos os pontos de contato da marca, que pode ser você, sua clínica ou um negócio de modo geral, com o seu público de interesse – pacientes, funcionários, equipes de parceiros e fornecedores.


Como entregar valor ao meu cliente/paciente?

Na hora de vender um produto ou serviço, você deve se atentar a um detalhe: buscar despertar no cliente a capacidade de compreender os ganhos adquiridos a partir do investimento feito, o famoso custo-benefício. Caso essa equação seja maior para o ganho ou a percepção de ganho adquirida, então você conseguiu gerar valor. Se sua consulta custa 500 reais e as pessoas gostam da experiência, isso faz com que elas paguem satisfatoriamente, e o resultado é que você conseguiu gerar valor a elas. Ao passo que esses mesmos 500 reais pagos numa consulta que não alcançou a expectativa dos pacientes produziu  motivou uma reclamação do preço, e essa infelizmente não conseguiu gerar o valor percebido.


É importante utilizar as estratégias de marketing para “comunicar” aos clientes potenciais os benefícios que a sua marca vai proporcionar a eles – e essa entrega deve ocorrer conforme o prometido.


O marketing é sobre entregar o que você promete, saber se conectar com o seu público-alvo e divulgar não apenas a sua marca, mas também o propósito de ela existir.


Para fazer o seu posicionamento de marca, o ponto primordial é descobrir qual é o seu “porquê” e se comunicar corretamente com seu público. Buscando, assim, fazê-lo perceber o valor que você, como marca, deseja entregar.


Sonha em abrir o próprio consultório? Vamos  ajudar!

Se um dos seus objetivos como pediatra é atender em um consultório próprio ou se você já está iniciando seus atendimentos, nós queremos ajudá-lo! Depois da primeira turma da Mentoria “Iniciando seu Consultório”, a Eludivila vai lançar o segundo grupo do programa.


Ele foi estruturado para abordar todas as etapas do processo de abrir um consultório, passando não apenas pelo ponto de vista pediátrico, mas visitando outros temas ligados à administração do negócio e às estratégias de marketing que podem ser utilizadas.


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Por Eludivila Especialização Pediátrica 18 de junho de 2024
A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês (DDQ) é uma doença que acomete 5 a cada 100 crianças e que pode levar a dificuldade de mobilidade, dor e outros problemas ortopédicos. Neste artigo especial da Eludivila Especialização Pediátrica , revisado pelo Ortopedista Pediátrico, David Gonçalves Nordon (CRM 149.764) , reunimos as principais informações que pediatras gerais precisam saber a respeito da displasia do desenvolvimento do quadril em bebês. Assim, você poderá fazer um diagnóstico e tratamento corretos, além de fornecer boas orientações aos pais e cuidadores. O que é Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ)? Displasia do Desenvolvimento do Quadril (DDQ), conhecida antigamente como luxação congênita do quadril, é uma patologia ortopédica, que acontece quando a curva do acetábulo não se desenvolve corretamente . Isto é, a cavidade da articulação do quadril se apresenta de maneira que facilita uma subluxação ou luxação do quadril. Todas as variações dentro desse espectro se enquadram, atualmente, no que definimos como DDQ. O resultado são problemas de estabilidade, mobilidade, posicionamento da articulação, dores articulares, dificuldade do bebê para engatinhar, dentre outros. Em 60% dos casos, a DDQ acontece do lado esquerdo, 20% no direito e 20% dos casos são bilaterais. A propensão ao quadril esquerdo se dá pela posição em que a maioria dos bebês se encontram no útero, causando uma pressão do sacro nesse lado. Causas e Fatores de Risco da DDQ A Displasia do Desenvolvimento do Quadril em bebês pode ter algumas causas, dentre elas a posição intrauterina do feto , que pode forçar o quadril a sair do lugar, e fatores hereditários , que causam predisposição genética. Podemos subdividir os fatores de risco associados ao desenvolvimento da DDQ em quatro grupos: 1. Alterações do continente (útero) Quando o útero aperta o quadril do bebê, o que pode ser causado por diversos motivos, como: Oligoidrâmnio, quando o volume de líquido amniótico está abaixo do esperado para a idade gestacional e causa essa pressão; Primeira gestação, pois o útero costuma estar mais rígido; Útero com alguma fibrose, cicatriz ou deformidade; Gestação gemelar. 2. Fatores de risco relacionados ao conteúdo É o caso de gestações com bebês que: São grandes para a idade gestacional (GIG); Movimentam-se pouco dentro do útero, por diversas razões; Com apresentação pélvica, posição que pode aumentar em até 21 vezes o risco de DDQ. 3. Fatores genéticos Em relação à predisposição genética, é possível apontar como fator de risco para a displasia de quadril: Bebês do sexo feminino, que aumenta em até 9 vezes o risco de DDQ, já que os hormônios circulantes femininos (estrogênio e progesterona) aumentam a flexibilidade das articulações e a frouxidão ligamentar; Histórico familiar positivo, que pode ser, na verdade, desde um familiar que efetivamente tratou uma DDQ, até algum familiar com um desgaste precoce do quadril (ou seja, artrose do quadril em torno dos 30 a 50 anos), que geralmente é causada por uma displasia leve não diagnosticada e, portanto, não tratada na infância. 4. Fatores extrauterinos São os fatores que acontecem após o nascimento do bebê e que devem ser orientados pelo pediatra, como: Uso do “charutinho” com as pernas juntas e esticadas; Uso de outros acessórios que podem contribuir para que o quadril do bebê saia do lugar, como carregadores e andadores. Leia também: Assimetria craniana em bebês: Guia completo para pediatras Sinais e Sintomas da Displasia do Quadril Após avaliar os fatores de risco, os pediatras devem estar atentos a alguns sinais que os bebês podem apresentar, como: Assimetria das nádegas (a assimetria das pregas isoladamente, porém, não tem significado clínico; precisa haver outros sinais para se pensar em DDQ); Limitação de movimento do quadril, com dificuldade na abertura das pernas (pode ser observado na troca de fraldas, por exemplo); Claudicação. Como fazer o diagnóstico e avaliação da DDQ Bom, mas então, como fazer a avaliação em consultório para detectar uma possível DDQ no bebê? Além da observação dos sintomas apontados pelos pais, é necessário fazer o exame clínico, além de solicitar ultrassonografia do quadril . Dentre os principais métodos diagnósticos em consultório estão: Manobra de Ortolani: detecta o deslizamento posterior do quadril para dentro do acetábulo e mostra o quadril luxado. Indicado para realização até os três meses de idade do bebê. A manobra de Ortolani, entretanto, é bastante falha: ela perde o diagnóstico em 95% dos casos leves e 50% dos casos graves, com o quadril efetivamente luxado; Manobra de Barlow : detecta o deslizamento do quadril para fora do acetábulo, evidenciando o quadril que é passível de luxação e também deve ser feito até os três meses. É igualmente pouco confiável; Manobra de Hart: após os três meses, esse é o exame mais indicado, já que Ortolani e Barlow normalmente estão negativos, mesmo que o quadril esteja luxado. Se você quer aprender a realizar as manobras adequadamente, a Eludivila conta com aulas completas na Especialização em Puericultura com Patologias, com módulo específico para ortopedia. Acesse agora e amplie o seu conhecimento para além da residência médica Quando pedir um ultrassom do quadril? No Brasil, não há um protocolo específico de quando pedir o ultrassom. Aqui no Eludicar Centro Materno-Infantil, a conduta é fazer o screening universal , ou seja, solicitamos o ultrassom para todos os pacientes, a partir das 3 a 4 semanas de vida do bebê. Nos casos em que o bebê apresenta fatores de risco (apresentação pélvica, oligoidrâmnio, gemelares), o ideal é fazer a ultrassonografia na primeira semana de vida. Para definir o tratamento, você pode utilizar o método Graf para ultrassonografia articular, que divide em graus o nível de alteração: 1A e 1B: quadris maduros 2A: pode ser dividido em 2A+ (deve-se repetir o exame em um mês) e 2A- (recomendamos o tratamento, conforme orientações do protocolo europeu, proposto pelo Dr. Graf em 2022, já que há evidências de uma possível artrose no futuro); 2B: quadril alterado após os três meses de idade, que indica tratamento; 2C, 2D, 3 e 4: quadril alterado, que necessita tratamento. Interpretar o resultado do ultrassom pode ser desafiador, por isso recomendamos assistir ao estudo de caso clínico realizado pelo Dr. David Nordon, ortopedista pediátrico do Eludicar. Tratamento e Manejo da DDQ
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